Vargem Grande é uma tradicional urbe maranhense, seus filhos são reconhecidos pelo gosto pela cultura, pela ciência e pelas artes. José de Fátima Souza faz parte dessa tradição e iluminou nossa terra com o brilho do seu talento e de sua inteligência. Foi professor, jornalista, radialista, mas, acima de tudo, foi um amante da vida e da arte de viver em plenitude. Ele tinha paixão pela boa conversa, pela polêmica e pela arte de criar um ambiente de sorriso e de boa convivência. Era um provocador sem maldades. Era um "causeur" inveterado. Um homem de palavra fácil.
Hoje fui tomado de grande comoção com a notícia de sua morte prematura. Filho de Seu Bité (Bitemar Souza) e de Dona Sebastiana (Sebastiana Moraes de Souza) era descendente de um clã de fortes raízes fincadas na velha e tradicional Vargem Grande, tinha um talento peculiar para manejar a palavra nas suas vertentes mais nobres e criativas. Zé de Fátima preferiu ficar na sua aldeia, a sua ambição e o seu prazer era caminhar pelas vielas e pelas veredas de Vargem Grande. Foi feliz ao seu modo, certamente, tinha consciência de que quem canta a sua aldeia torna-se universal.
John Donne nos ensina: "A morte de cada homem diminui-me, porque eu faço parte da humanidade; eis porque nunca pergunto por quem dobram os sinos: é por mim." A partida de Zé de Fátima Souza deixa o mundo menor e com um sorriso menos alegre.
Sempre gosto de citar Santo Agostinho quando ele nos leva a refletir que a vida é para conhecer a Deus, a morte para glorificá-lo e a eternidade para adorá-lo. É com esse sentimento e essa fé na eternidade de nosso alma que pago nas mãos frias do Amigo que vai primeiro, mas sentido o calor de sua alma generosa. Até um dia, meu Irmão Zé de Fátima Souza quando todos estaremos juntos para o grande reencontro definitivo.
Por Georgino Melo e Silva - Procurador Federal.
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